Artes decorativas, arquitectura efémera, entremezes e mascaradas
Giulio Romano, banquete de Cupido e Psiquê, Palácio Tè, Mantua
«Quando Carlos V chegou a Mântua, Giulio, por ordem do duque, fez vários arcos elegantes, cenas para comédias e outras coisas, nas quais ele não teve rival, ninguém foi como ele a criar mascaradas, e a fazer curiosos fatos para justas, banquetes, torneios, que maravilhavam o Imperador e todos os presentes. Para a cidade de Mântua várias vezes projectou templos, capelas, casas, jardins, fachadas, e estava assim tão apaixonado em decorá-los que, pela sua arte, fez ele secar, tornar saudáveis e agradáveis lugares anteriormente lamacentos, cheios de águas estagnadas, e praticamente inabitáveis».
Vasari, Vite
figura serpentinata
Giambologna, O rapto da Sabina, Loggia dei Lanzi, Florença, 1582
«[O pintor] deve fazer sempre a figura piramidal, como Serpentina e multiplicada por uma duas e três».
«Since Lomazzo was the most compendious spokesman of mannerism and since he associated the figura serpentinata with Michelangelo, it was inevitable that the idea should have taken an important place in the discussion of sixteenth-century art and theory. But its fame was assured–and its subsequent interpretation pretty much determined–when it was chanced upon by Hogarth, who made it the emblem and governing idea for his Analysis of Beauty, published in 1753. Hogarth considerably elaborated “the precept which Michelangelo delivered so long ago in an oracle-like manner” and spun meanings around the few cryptic words which were far from either Lomazzo’s or Michelangelo’s intentions. He illustrated the first two terms of Lomazzo’s introductory phrase– that the painter “should always make a figure pyramidal, Serpent-like and multiplied by one two and three”–with a diminishing helix, gotten by the slow, regular movement of a point around a cone».
Liana De Girolami Cheney, Readings in Italian Mannerism, New York, Peter Lang, 1997