Neoclássico

Canova, Paolina Borghese
Antonio Canova, Paolina Borghese, 1805-1808, Roma, Galeria Borghese

Busca de Belo Ideal

«Todas as invenções de povos estrangeiros vieram para a Grécia, apenas como a primeira semente, e assumiram uma outra natureza e configuração na terra que Minerva, diz-se, reservou aos gregos para morada, de preferência a todas as terras, em função das estações temperadas que encontrou nesse lugar que produziria homens inteligentes.
(…)
A imitação do belo na natureza concerne ou bem a um objecto único ou então reúne as notas de diversos objectos particulares e faz deles um único todo. O primeiro processo implica fazer uma cópia semelhante, um retrato; é o caminho que conduz às formas e figuras dos holandeses. O segundo é o caminho que leva ao belo universal e suas imagens ideais; esse foi o seguido pelos gregos
(…)
Enfim, o traço geral preponderante das obras-primas gregas é uma nobre simplicidade e uma calma grandeza, tanto na postura quanto na expressão. Assim como a profundeza do mar permanece tranqüila, por mais tempestuosa que esteja a superfície, a expressão nas figuras dos gregos mostra, em meio a todas as paixões, uma alma grande e comedida.»

Joahan Joachim WinckelmannReflexões sobre a imitação das obras gregas na pintura e na escultura [Thoughts on the Imitation of Greek Works in Painting and Sculpture (1755)]

Lessing- Separação entre poesia e pintura:

«tudo o mais que pode ser abarcado pelas artes plásticas, se não é compatível com a beleza, deve ser totalmente descartado e se é compatível com ela, deve ao menos estar subordinado a ela»
(…)
«Ora eles forçaram a poesia dentro dos confins estreitos da pintura: ora eles deixaram a pintura preencher toda a larga esfera da poesia. Tudo o que está certo para uma, também deve ser permitido para a outra; tudo o que agrada ou desagrada numa delas, deve necessariamente também agradar ou desagradar na outra; e tomados por essa idéia, eles proferem no tom mais firme os juízos mais rasos quando eles tomam por erros as divergências recíprocas entre as obras do poeta e do pintor sobre um mesmo objeto, para em seguida culpar uma arte ou a outra, conforme eles tenham maior gosto pela arte poética ou pela pintura.»

Lessing, Laocoonte, ou Sobre As Fronteiras Da Pintura E Da Poesia (1766),São Paulo: Iluminuras, Secretaria de Estado da Cultura, 1998.

Romântico

Delacroix, o massacre de Chios
Eugéne Delacroix, O Massacre de Chios (1822)

«The groundwork of human nature is no doubt everywhere the same; but in all our investigations, we may observe that, throughout the whole range of nature,there is no elementary power so simple, but that it is capable of dividing and diverging into opposite directions. The whole play of vital motion hinges on harmony and contrast. Why, then, should not this phenomenon recur on a grander scale in the history of man? In this idea we have perhaps discovered the true key to the ancient and modern history of poetry and the fine arts. Those who adopted it, gave to the peculiar spirit of _modern_ art, as contrasted with the _antique_ or _classical_, the name of _romantic_. The term is certainly not inappropriate; the word is derived from _romance_–the name originally given to the languages which were formed from the mixture of the Latin and the old Teutonic dialects, in the same manner as modern civilisation is the fruit of the heterogeneous union of the peculiarities of the northern nations and the fragments of antiquity; whereas the civilisation of the ancients was much more of a piece.»
August Schlegel,Lectures on Dramatic Art and Literature, 1802

Consultar:
post do Professor José António Leitão.
Sturm und Drang
A Critical Enquiry into the Origin of Our Ideas of the Sublime and the Beautiful (1757) de Edmund Burke
Helena Barbas, O sublime e o Belo de Longino a Edmund Burke

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