A nuvem que é veste do dragão
 

Pintura persa, Muhammad Investing `Ali, 1307, Edinburgh University Library.

Como hieróglifos do céu, são também as nuvens-rodas cosmográficas-, que transitam do Oriente para as criações ocidentais.

Criação do mundo, Regra de S.to Agostinho, Londres, 1525
 

Transformam os mantos da Virgem e das divindades em alegóricas nuvens celestes.

Christine de Pisan, L’Épître d’Othéa, Maître de l’épître d’Othéa, Paris, c. 1406-Paris, BnF, département des Manuscrits, Français 606, fol. 13v.

Isis, a divindade das enxertias, ata um rebento, introduzido no tronco principal da árvore.

A enxertia evoca a concepção milagrosa de Cristo

Decoração “mariana” da janela da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo das Caldas da Rainha, finais séc. XV

A mandorla; o invólucro celeste que enleia o corpo humano ao universo, por vezes ainda carrega a memória do dragão uroboros.

«…une femme enveloppée du soleil, la lune sous ses pieds, et une couronne de douze étoiles sur sa tête.» [

Tapeçaria d’Angers, séc. XIV]

fons mercurialis. Rosarium philosophorum (1550)

A pequena nuvem que Deus apresenta ao profeta, como sombra amiga e protectora, metamorfoseia-se nas asas dos anjos

Uma alma a ser salva da boca do Inferno, vitral da cathedral de Bourges, placa esmaltada, séc. XIV

A nuvem tchi, depois de transitar pelos exotismos ocidentais, também passa dos tondos e guirlandas festivos para os festões da Árvore de Natal

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Consultar: A. U. Pope, Carpet Making, Cloud Forms, Survey of Persian Art, III, Oxford, 1938, pp-2421-2126.

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